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Arno Kunzler

Políticos amedrontados…

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Não é por nada, mas os políticos no Brasil, de quase todos ou de todos os partidos, estão amedrontados.

A avalanche da Lava Jato projeta atingir quase metade dos nossos congressistas e muitos graduados do governo atual e antecessores.

Não é mesmo um período fácil para os políticos, nem para a sociedade brasileira que assiste um dos maiores desmontes de um sistema operacional criminoso que já se teve notícia.

Talvez seja o maior esquema de corrupção da história da humanidade, idealizado e operacionalizado pelo governo do PT e visivelmente articulado pelos partidos adjuntos, especialmente o PMDB.

Sua queda, se acontecer, será pelas mãos do Ministério Público, Polícia Federal e pelo juiz Sérgio Moro.

Como medo de terem seu futuro político ameaçado, os partidos que comandam o Congresso até tentam se mobilizar para mudar leis e proteger interesses escusos.

Mas o momento não permite, o momento é do povo e o povo ameaça os políticos que tentam manchar a democracia com mais artimanhas.

O povo promete voltar às ruas e mais uma vez exigir a queda de políticos que não entenderam que o Brasil que os brasileiros querem é outro.

Pode parecer pouco, pode parecer tardio e até pode parecer ingenuidade, mas aos poucos a Nação reage e as manifestações que derrubaram o governo Dilma podem derrubar outros presidentes, se esses não entenderem o recado.

A manifestação do último domingo (27) do presidente Temer, dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia, são o reflexo que o protesto marcado para 04 de dezembro representa.

Com medo do movimento tornar-se tão grande que inviabiliza as ações deste governo e do atual Congresso, os políticos resolveram utilizar outra estratégia, a de dizer que são contra as manobras de congressistas que tentam evitar que seus colegas possam seguir para o mesmo endereço em Curitiba.

Não deixa de ser a primeira grande vitória do pós queda de Dilma.

Mesmo dispostos a tomar outra atitude em relação aos que desejam aproveitar o pacote de reformas para incluir algumas indigestas, visando claramente se autoproteger, a imagem do principal partido deste governo, o PMDB, e do próprio presidente Temer já foi visivelmente arranhada.

Mas, pela primeira vez nos últimos tempos, o governo enxergou antes e claramente entendeu o perigo de um movimento de protesto, antes deste acontecer.

As redes sociais falaram e os políticos ouviram.

As atitudes de alguns políticos que vão claramente contra os interesses da Nação, se não forem contidas, trarão revolta e protestos incontroláveis para as ruas do país.

Assim, se a articulação política do presidente Temer levar a sério sua proposta de não permitir que o Congresso aprove esse pacote de insanidades contra o combate à corrupção poderá ter salvo o próximo passo do seu governo.

Mas, seguramente, o povo está de olho e esperto em relação a novas manobras que possam ser tentadas e inseridas nas propostas que pretendem mudar a legislação que atinge os políticos envolvidos com caixa dois, especialmente.

O Brasil pode e merece vencer o desafio de criar uma legislação mais igual, que permite que os políticos e não políticos fora da lei sejam punidos severamente.

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