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Arno Kunzler

Quem é a oposição?

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Pelo menos dois vereadores rondonenses terão dificuldades para não ser oposição ao prefeito Marcio Rauber.

Três vereadores eleitos pela oposição, além de terem bom diálogo com o prefeito reeleito, não têm motivações tão fortes e contundentes para formarem com o bloco de oposição permanente.

João Eduardo dos Santos (Juca) e Iloir de Lima (Padeiro), eleitos pelo MDB, já declararam, inclusive, que não serão oposição.

O vereador Claudio Köhler, eleito pelo PP e integrante da mesa diretiva da Câmara, também parece menos oposição do que era quando presidente do Legislativo, no mandato anterior.

Restam dois pesos pesados: o ex-prefeito Moacir Froehlich, do MDB, e Arion Nasihgil, do PP.

Ambos serão, com certeza, oposição ao prefeito Marcio Rauber, até porque são hoje os favoritos para encabeçar qualquer disputa futura, seja para deputado estadual em 2022, seja para prefeito em 2024.

Para qualquer um deles ser candidato a prefeito em 2024 com a oposição minimamente organizada é preciso superar a eleição de 2022 sem provocar mais divergências.

Arion já disse que deseja ser candidato a deputado estadual em 2022.

Se for mesmo e fizer uma boa votação, será candidatíssimo a prefeito em 2024, sem dúvida, pelo novo, pela renovação e pela atuação que teve até aqui.

Já Moacir Froehlich, um veterano na política local e tradicional opositor ao Democratas, terá dificuldades para apoiar alguém da oposição para deputado estadual.

Josoé Pedralli quer ser candidato e se tiver o apoio do MDB e fizer uma votação mais expressiva também se tornará novamente um pretendente a prefeito em 2024.

Assim, Moacir Froehlich terá pela frente uma encruzilhada. Vai ter que optar em apoiar um candidato a deputado do seu grupo local, e em apoiando, criar um possível concorrente a prefeito em 2024, ou assumir uma candidatura de algum deputado de outra região para tentar unir o grupo e tornar viável sua candidatura a prefeito.

Não será fácil ser oposição ao prefeito Marcio Rauber, tanto pela articulação e aceitação do seu governo, como pela fragmentação e divisão de interesses imediatos da oposição.

O candidato a prefeito pela oposição em 2024 terá que unir esses interesses, desfazer as insatisfações criadas com a eleição de 2020 e superar um grupo político que se agigantou em torno do prefeito Marcio Rauber.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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