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Elio Migliorança

SICREDI: PARA CRESCER COM SEGURANÇA

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No dia 13 de fevereiro de 2008, fiz neste espaço uma reflexão para enaltecer a ideia dos pioneiros que investiram no cooperativismo, um marco importante no desenvolvimento dos Estados do Sul do Brasil. Ideia concretizada através das cooperativas de produção, o passo seguinte foi a criação das cooperativas de crédito, entre as quais o Sicredi, que ocupa um lugar de destaque no país. Termina na tarde de hoje (16) em Marechal Cândido Rondon um evento importante na área administrativa das cooperativas de crédito. Todos os integrantes dos Conselhos de Administração das cooperativas integrantes do sistema Sicredi no Paraná estão participando da terceira etapa de um treinamento visando prepará-los para o desafio que é administrar uma entidade que faz parte do sistema financeiro do país. É exigência do Banco Central que os dirigentes sejam treinados, uma necessidade, considerando que nenhuma empresa progride sem a profissionalização de seus dirigentes. A primeira etapa aconteceu em Curitiba, no mês de maio, a segunda etapa em Capanema/PR no mês de julho, e agora a conclusão aqui em Marechal Rondon.
Abordar este tema novamente vem ao encontro da necessidade permanente do agricultor se profissionalizar. As cooperativas são o instrumento mais importante para o agricultor conseguir ocupar o espaço que merece ter em razão da importância que é a produção alimentos para o mundo. Unidos seremos fortes. A tecnologia avança à velocidade da luz e nós precisamos acompanhar este crescimento nos organizando. O mercado financeiro então é um desafio e não há espaço para amadores. Está certo o Banco Central quando exige a profissionalização dos dirigentes, assim os associados terão a garantia e a certeza de um gerenciamento competente.
A partir da autorização para a livre admissão nas cooperativas de crédito, o Sicredi deixou de ser uma cooperativa rural para ser uma cooperativa comunitária. Toda a comunidade pode associar-se, participar das decisões e dos lucros. Desconfiança com relação ao cooperativismo é coisa do passado. As cooperativas de produção estão investindo também na industrialização, gerando emprego e renda para a região. Nas cooperativas de crédito a fiscalização do Banco Central tem monitoramento diário sobre o sistema, as diversas esferas do próprio sistema mantêm fiscalização permanente, e as auditorias regulares garantem a observância das normas oficiais e internas. As cooperativas de crédito estão passando por um processo de reestruturação, exigência do Banco Central, que dão maior poder aos associados e garantem a participação de todos nas decisões, pois a assembleia geral passará a acontecer na base, uma experiência pioneira e inédita no cooperativismo brasileiro. O agricultor individual e solitário do passado que lutava sozinho não existe mais. A ordem é aprendizado e atualização constantes.
O grande diferencial entre um banco e uma cooperativa de crédito é que nesta o lucro é nosso, os programas sociais beneficiam as nossas comunidades, as taxas são as menores do mercado e todo o dinheiro depositado no sistema está garantido pelo governo. Assim fica mais fácil ser feliz.

* O autor é professor em Nova Santa Rosa
miglioranza@opcaonet.com.br

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