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Arno Kunzler

Surpreendente

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Muitos empresários da região Oeste do Paraná, especialmente de Marechal Cândido Rondon, estão surpresos com o desempenho da economia.

É quase inacreditável que em poucos meses a economia tenha retomado aos mesmos patamares de antes, e em alguns casos, até bem melhores.

A construção civil é um dos setores que na linguagem popular está “nadando de braçada”. É perigoso até termos aumento de preços decorrentes da falta ou escassez de alguns produtos.

O agro está impulsionando negócios em toda a região, acima das expectativas mais otimistas de um mês atrás.

Máquinas agrícolas estão em falta e com preços majorados.

Claro que algumas coisas foram fundamentais para que o consumo fosse tão aquecido.

A primeira é a presença do governo no momento agudo da crise, colocando R$ 600 no bolso dos que perderam ou diminuíram sua renda.

Pode parecer pouco, mas R$ 600 é dinheiro que gira, dinheiro que aquece o consumo na mesma semana.

Depois vieram, pela ordem, a queda vertiginosa dos juros e os programas especiais de financiamento de médio e longo prazos.

As empresas se capitalizaram e tiveram como pagar suas contas e muitas ainda puderam investir em novos projetos.

Também foram importantes as ações das associações comerciais junto com as prefeituras da região, que imediatamente deram suporte para o comércio desenvolver campanhas junto aos consumidores.

Podemos dizer hoje que as ações foram importantes, mas também foi importante o fato da pandemia de Covid-19 não ter se acentuado em nossa região.

Talvez tenhamos tido aqui, na microrregião, o menor índice de infectados e de mortes, e assim convivemos até agora de forma menos dramática.

Podemos citar as ações assertivas dos governos e os cuidados das pessoas, empresas e consumidores. Isso também favoreceu para que as pessoas mantivessem suas rotinas, sua atividade econômica e consequentemente o consumo.

É possível dizer hoje que se nada diferente acontecer nos próximos meses, a economia em 2020 sofrerá pouco ou nenhuma retração em relação ao ano anterior.

Com certeza esse otimismo dos empresários e dos consumidores está gerando consequências positivas. Talvez até um crescimento inesperado e quase inexplicável para um ano em que tudo em nossas vidas mudou.

Todavia, nunca é demais lembrar: tudo isso só merece ser comemorado se não contabilizarmos perdas de vidas de forma desnecessária e por descuido.

Vale sempre lembrar: não vamos subestimar e nem ignorar o perigo.

Queremos sair disso vivos, com saúde e mais fortes.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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