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76 microfones para o Junior

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Pai do governador revela fortuna e expande rede de rádios que poderá servir à pretensão presidencial dos Massa

O apresentador Ratinho já driblava a concorrência na infância pobre: “Era muito engraxate para pouco sapato”

O apresentador Ratinho, 67, revelou detalhes de sua fortuna. Ou pelo menos parte dela. Ele citou nove fazendas, 73 emissoras de rádio e uma emissora de TV, conforme explicou em entrevista ao “Pod Pai Pod Filho Podcast”. “Hoje já tenho nove fazendas. Na TV, se pudesse fazer um contrato com o SBT para ficar do jeito que eu estou pelo resto da minha vida, eu faria. Pretendo ampliar e ter ainda a maior rede de rádios do Brasil. Hoje, são 73. Para ser a maior, faltam mais cinco”, detalhou.

Como a entrevista reveladora foi concedida há meses, os números já mudaram. O Pitoco apurou que são 76 emissoras de rádio na presente data, portanto, a família Massa está há apenas duas de constituir a maior rede nacional. Rato pai será uma espécie de Assis Chateaubriand, magnata da mídia que teve a vida descrita na obra “Chatô, o Rei do Brasil”.

A diferença é que os Ratinhos não são monarquistas e não que rem a coroa. Eles ambicionam a presidência da República para Carlos Massa Ratinho Junior, o bem avaliado governador do Paraná.

E a primazia nacional em número de emissoras, que deverá se consolidar com mais duas rádios em negociação pelo apresentador Valdomiro Cantini, será sem dúvida um ativo eleitoral relevante. Haverá pelo menos 76 microfones abertos para o projeto, abrangendo alguns dos principais colégios eleitorais brasileiros.

“GOSTO DE DINHEIRO”

Para chegar até sua fortuna, Ratinho disse que não herdou nada dos pais e que trabalhou muito desde de muito novo. “Desde menino, gosto de ganhar dinheiro. Meus irmãos gostavam de pedir as coisas para o meu pai. Eu, não. Comecei pegando mamona para vender. Depois, fui engraxar sapato em um bar famoso em Marumbi, uma cidadezinha do Paraná. Todo sábado, todos iam engraxar lá, aí eu falei: ‘é muito engraxate para pouco sapato’. Comecei a inverter os papeis. Ao invés de ir no sábado, eu ia na casa das pessoas na segunda. Eu sempre vendi alguma coisa, gosto de vender. Se perguntarem o que eu gosto de fazer ou qual é minha profissão, digo vendedor”, disse o multimilionário papai do governador.

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Fracassa boicote ao Show Rural

A gritaria deu pouco resultado, embora fanáticos tenham se empenhado em mostrar imagens esvaziadas do evento agropecuário

Estacionamentos lotados, recordes de público: articulação do extremismo de direita contra o Show Rural foi um fiasco

Extremistas políticos mobilizados por figuras folclóricas, os
famosos “tiozões do zap”, reagiram histéricos ao convite enviado pela Coopavel para a presidência da República. Na missiva, Dilvo Grolli fez o que faz há 36 anos, desde a primeira edição: convidar a principal autoridade da República para o Show Rural, gesto protocolar e institucional.

O presidente Lula, a propósito, já havia sido convidado no ano passado, bem como em seus mandatos anteriores. A diferença agora é que gente ligada à extrema direita – e oportunistas em geral que vão disputar a eleição deste ano – decidiram dar eco para vozes enlouquecidas criadas nas profundezas da bipolaridade política brasileira.

Na mesma linha historicamente utilizada pela extrema esquerda, aquela do “quanto pior, melhor”, os extremistas convocaram um boicote ao tradicional evento do agro. A gritaria deu pouco resultado, embora os fanáticos tenham se empenhado em mostrar imagens esvaziadas do evento.

Nos dias de pico do Show Rural, entre terça-feira e quinta-feira, nem mesmo a rodovia e o Trevo Cataratas ampliados conseguiram dar conta de tanto movimento. O estacionamento da feira, também ampliado para 17 mil vagas, ficou pela primeira vez completamente lotado, como mostram as fotos aéreas.

Por fim, a 36ª edição do Show Rural Coopavel entrou para a história como a maior já realizada: 391.316 visitantes passaram pelo centro tecnológico da cooperativa nos cinco dias e o volume comercializado pelos 600 expositores alcançou R$ 6,1 bilhões.

“Esse é o maior número da história do Show Rural, que começou em 1989 com apenas 110 visitantes”, enalteceu Dilvo Grolli.

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

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