Fale com a gente

Silvana Nardello Nasihgil

Queremos ser amados ou queremos que sintam pena de nós?

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Silvana Nasihgil

Pensa numa afirmação verdadeira. O texto acima é algo que precisamos ler, reler, crer e firmar como verdade, porque é a maior verdade que muitos desconhecem.

Quando sabemos que a admiração é o sentimento que tem maior importância na manutenção do sentimento de amor, entendemos que o vitimismo, então, é o contrário disso.

Gente corajosa, que luta, busca seus objetivos, vive para dar conta dos perrengues, escolhe olhar para a vida com otimismo, gente que não se afrouxa por coisa pouca, que tem serenidade, reconhece suas fragilidades, mas não tem elas como algo fixo e imutável, gente que fala de si com esperança, que sabe amar deixando livre, que reconhece seu espaço no mundo e na vida das pessoas, que aceita e compreende as diferenças, que respeita o direito dos outros de serem como são, gente assim é mais amadas. Pessoas assim sempre terão companhia. Serão respeitadas, admiradas e amadas com maior facilidade.

É certo que para todos nós existem e existirão dias em que a vontade de “jogar a toalha” é a que domina os nossos sentimentos. Nessas horas é preciso respirar fundo, olhar para frente, se encher de coragem e seguir.

O futuro não está nos sofrimentos, ele precisa de gente com desejo de vencer. Se e fácil? Não! Mas não precisa ser, porque existe em cada um de nós mecanismos para darmos conta de tudo, só precisamos acreditar e fazer acontecer.

Não dá para ficarmos pelo caminho choramingando. Infelizmente, essas atitudes afastam muitas vezes as pessoas, tornando a “vítima” alguém invisível.

Não falo de dificuldades esporádicas, de fragilidades diante de situações que podem acontecer com qualquer um de nós, falo do vitimismo crônico, de um mal que chega a ser quase o “bichinho de estimação”, algo que se instala muito mais pelo desejo de serem vistos e amados, não existindo motivos relevantes para tamanho sofrimento.

Por que é assim? Talvez porque cada um tem suas próprias dificuldades, mas, ao invés de resolverem, muitos buscam arrastar o outro consigo, desejando se livrar do sofrimento, tornando-se um fardo muito pesado para quem tem uma vida para dar conta.

Precisamos rever nossos comportamentos e diante disso escolher: queremos ser amados, queremos que sintam pena de nós ou deixamos ao acaso para sermos vítimas de quem não tem razão para nos amar?

Cada um escolhe o seu caminho e terá como resposta aquilo que escolher.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

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