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Editorial

A liberdade e os novos negócios

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As mudanças que ocorrem diariamente no mundo estão mudando completamente a maneira com que as pessoas se relacionam, vivem e trabalham. As tecnologias disruptivas, que até bem pouco tempo atrás eram coisas dos Jatsons e de Hollywood, estão cada vez mais presentes na vida diária da população mundial. Aplicativos, sensores, inteligência artificial estão acabando com instituições antes bastante sólidas, como os bancos brasileiros. Em poucos anos, boa parte dos empregos que existem hoje desaparecerá.

Quem no início do século pensaria que a maior companhia hoteleira do mundo, a Airbnb, não teria um único apartamento, ou que a maior empresa de táxi, a Uber, não teria um único carro. Os tempos são outros, os negócios são outros, os costumes são outros.

Mas esse novo mundo exige um Brasil muito mais dedicado a deixar que ele aconteça. Nesse país onde empreender é uma dura realidade, incorporar esse modo de viver é um desafio a mais. A liberdade econômica que tanto o Brasil necessita é fundamental para que os brasileiros estejam dentro dessa barca para o futuro.

E quando se fala em liberdade econômica, não está se falando apenas de negócios que envolvam alta tecnologia, fintechs ou startups, está se falando em tudo. Dos negócios artesanais às multinacionais.

No Brasil o número de microcervejarias saltou de menos de 300 para mais de 900 em apenas três anos. São novos negócios que podem gerar renda às famílias, empregos e tributos aos cofres públicos, fazendo o país avançar econômica e socialmente.

Mas ainda é muito difícil abrir um novo negócio no Brasil. A burocracia excessiva, os altos impostos, os excessos de registros, alvarás e licenças (sem contar a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada), além da ineficiência das instituições públicas são barreiras quase intransponíveis para o empresário. Formam um conjunto de motivos que afasta os investimentos do país, sejam eles pequenos, grandes, nacionais ou internacionais. Seja para abrir uma microcervejaria, seja para apostar em uma multinacional, a peleia é longa por aqui.

O Brasil precisa retomar a capacidade de empregar as pessoas. Os 13 milhões de desempregados esperam oportunidades que passam quase que exclusivamente pela liberdade econômica que o governo federal está perseguindo. Sem liberdade econômica não há crescimento, não há emprego.

Aliado a isso, é preciso desafogar os empreendedores quando o assunto é imposto. Mais que diminuir, é preciso simplificar, tornar os processos mais ágeis, facilitar o investimento que traz retorno a quem investe. Ao contrário, hoje o empreendedor é visto pelas instituições públicas praticamente como um algoz. É desconfiança que não acaba mais.

O Brasil precisa mais microcervejarias, precisa mais hospitais, precisa mais meios de comunicação, precisa mais consultórios odontológicos, precisa mais investimento em novos negócios, nos negócios do presente e do futuro. Só destravando o setor empresarial o Brasil vai andar por um caminho de desenvolvimento social e econômico. Não tem outro jeito.

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