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Editorial

Desrespeito

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As autoridades de Marechal Cândido Rondon estão recebendo denúncias de aglomerações e festas clandestinas. Com ação efetiva da Polícia Militar, de ronda ostensiva e com apoio da população que denuncia irregularidades, os registros desse tipo de atitude começaram a diminuir no município. Como não é onipresente, a PM precisa da colaboração das pessoas que percebem essas irregularidades.

Mais do que se expor a riscos e expor as pessoas da sua família, quem se aglomera está cometendo um ato contra a saúde pública. Ou seja: contra a saúde de todos. Isso porque essa pessoa, caso infectada, vai não apenas retornar ao convívio de sua família, mas também ao convívio social, no trabalho, no supermercado, e as chances de transmitir a doença a outras pessoas fora de seu convívio é enorme.

Além de cometer essa irregularidade contra a saúde das pessoas, é um desrespeito e injusto com as pessoas que estão se privando há mais de um ano e se cuidando para não ajudar a alastrar esse terrível vírus. Mais ainda, é um desrespeito com empresários e com profissionais de saúde.

Os empresários estão amargando prejuízos enormes ao longo dessa pandemia. Muitos fecharam seus negócios. Outros demitiram funcionários. Outros abrem e fecham as portas com as seguidas medidas adotadas pelo governo estadual, perdendo receitas que estão cobrando um preço muito alto.

Enquanto eles clamam para poder trabalhar, mas não podem, muitas pessoas que deveriam estar em casa fazem festas e promovem aglomerações.

Médicos, enfermeiros e outros profissionais que estão atuando na linha de frente no combate à Covid-19 devem estar desiludidos a cada nova notícia de aglomeração. Tanto sofrem para salvar vidas, mas os aplausos do começo da pandemia deram lugar a um completo e agoniante desrespeito.

Desrespeito também aos profissionais da segurança pública. Desrespeito também aos trabalhadores das indústrias, supermercados, postos de combustíveis e outras atividades essenciais que não tiveram a opção de parar, nem mesmo no momento mais grave da pandemia.

Apesar dos constantes apelos das autoridades, muitas pessoas estão ignorando. A parada sanitária no Rio de Janeiro parece mesmo um feriadão, com praias lotadas, bailes nas favelas e até festa na casa do governador, que deveria dar o exemplo. Na descida para as praias do litoral paulista, trânsito engarrafado. É muita gente irresponsável junta. A falta de sabedoria aliada a uma boa dose de egoísmo dá nisso.

A vacinação ainda é muito lenta no Brasil. As pessoas precisam entender que o momento pede distanciamento. Os hospitais estão superlotados, há pessoas morrendo todos os dias na fila de espera por uma vaga na UTI. E o bom senso só pede que você fique em casa o máximo de tempo possível, evite aglomerações, use máscara ao sair e higienize as mãos frequentemente. Sinceramente, não é pedir demais.

A população de Marechal Cândido Rondon e região precisa continuar vigilante. As denúncias de irregularidades precisam ser encaminhadas às autoridades. Caso sejam comprovadas, os responsáveis (ou irresponsáveis) precisam ser punidos.

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