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Editorial

Educação avança

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O Paraná tem o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Brasil. Mas há de se comemorar com ressalvas. O país figura entre as piores educações do mundo. A compreensão em Matemática e Língua Portuguesa também está entre as piores do planeta. A desistência de alunos, por inúmeros fatores, é alarmante. Pouco mais de 20% da população tem Ensino Superior. O Brasil não tem nenhuma universidade entre as 100 melhores do mundo.

Ou seja: apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, como a diminuição do analfabetismo e a popularização das faculdades, ainda há um longo caminho para o país oferecer, de fato, uma educação de alta qualidade, capaz de tornar os alunos brasileiros mais competitivos em relação aos estudantes de outros países.

Para mudar esse cenário, novas iniciativas precisam ser criadas. Ensinar robótica, educação financeira, empreendedorismo e comunicação… Certamente em pouco tempo serão matérias, entre outras, que se tornarão companheiras das tradicionais Física, Química, etc.

Os livros vão cada vez mais ganhar a companhia de recursos como vídeos, áudios, filmes, documentários e outros materiais que estão na internet. O giz agora divide a mesa com o computador. As atividades, desde já, acontecem na sala de aula ou na sala virtual. Ao longo da vida estudantil, o estudante vai ser direcionado, individualmente, para aprender as ciências que mais gosta, que possivelmente terão mais relação com sua vida profissional futura.

Ontem (26) o governador Ratinho Junior anunciou novidades na educação pública do Paraná que vão ao encontro das necessárias mudanças que a educação brasileira precisa.

No pacote está a transformação de mais de 200 colégios em colégios cívico-militares. O modelo, que se destaca nos índices de aprendizado, vai unir a experiência e o know-how dos educadores com a disciplina típica das instituições militares. Assim, em tese, professores terão mais tempo para fazer o que mais sabem, que é ensinar, enquanto a manutenção, infraestrutura e gerenciamento das escolas fica por conta da Polícia Militar.

Sem dúvida, a segurança nessas unidades será outro ganho com a criação dessas unidades. Em Marechal Cândido Rondon, são colégios contemplados: Colégio Marechal e o Frentino Sackser. Cabe à comunidade escolar decidir, hoje (27) e amanhã (28), se quer ou não a implantação desse modelo.

Entre as novidades anunciadas pelo Estado também está o uso de inteligência artificial (IA) para corrigir as redações. Uma tendência que veio para ficar. Enquanto a IA faz a correção ortográfica, os mestres se atentam à estrutura e à lógica proposta pelo aluno.

Outra novidade, mais do que atual e necessária, é que a partir de 2021 os estudantes da rede pública estadual terão aulas de educação financeira. A experiência em sala de aula começa a mudar no Paraná e no Brasil, já que projetos semelhantes ocorrem em todo o país.

Novidades que agreguem são sempre muito bem-vindas. Não existem modelos perfeitos, mas também nada é tão ruim que não tenha algo de bom. A comunidade estudantil e a sociedade brasileira só têm a ganhar com a modernização do ensino público no país.

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