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Editorial

Números do sucesso

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Quanto mais assembleias gerais ordinárias as cooperativas da região fazem em 2020, mais é preciso entender o tamanho, a força e a importância dessas instituições no Oeste paranaense (e no Brasil). Geram emprego para dezenas de milhares de pessoas, garantem o sucesso familiar nas atividades rurais por meio da tecnificação de pequenas propriedades e diversificação de culturas e geram bilhões em negócios e algumas dezenas de milhões em impostos.

O mais novo balanço é da central Frimesa, que recentemente passou a operar com mais uma unidade em Marechal Cândido Rondon. Além do parque industrial que produz laticínios, a Frimesa entrou de vez na cidade com o frigorífico de suínos. Em 2019, em ano de recuperação para a maioria dos setores econômicos, as cooperativas cresceram acima da média. A Frimesa acaba de divulgar seu resultado: R$ 3,2 bilhões em faturamento, 9% a mais que no ano de 2018. Em pouco tempo, com a criação do maior frigorífico de abate de suínos da América Latina, em Assis Chateaubriand, pode se tornar a maior empresa de produção de carne suína do Brasil, ultrapassando gigantes, como Aurora, BRF e JBS. Juntando as cooperativas filiadas, Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato, a Frimesa torna-se uma das mais bem-sucedidas empresas do agronegócio mundial.

As seis plantas industriais da Frimesa abateram 2,1 milhões de cabeças de suínos ao longo do ano passado. Ainda, processaram nada menos que 622 mil litros de leite por dia. A capacidade de produção passou para 370 milhões de quilos de alimentos.

Um dos pontos positivos para o bom desempenho foi a arrancada que a indústria de carnes brasileira deu no último trimestre, com a Peste Suína Africana exigindo exportações para a Ásia, especialmente para a China, como pouco (ou nunca) se viu antes. O apetite chinês aumentou o preço das carnes no Brasil, mas deu alento a um setor que estava em defasagem. A carne bovina, por exemplo, não sofria reajustes significativos há cerca de cinco anos.

E, para melhorar a situação das produtoras de proteína animal da região e do Brasil, a demanda por carnes continua aquecida no mercado mundial, já que não vai ser de uma hora para outra que os chineses vão se reestruturar. Aliás, não se sabe ao certo se eles, que produzem e consomem mais da metade dos suínos do planeta, vão voltar a produzir tanto ou se vão começar a importar mais carne.

Não é só a China que tem fome pela carne brasileira. Nos próximos anos, o aumento no número de pessoas no mundo, especialmente na Ásia e África, que também estão em processo de ampliação de renda das pessoas, vai demandar cada vez mais carne. E o Brasil tem tudo para assumir esse protagonismo, especialmente pela cadeia vertical que tem com a produção nas pequenas propriedades rurais, como no Oeste do Paraná.

É preciso valorizar as cooperativas agropecuárias, que se tornaram pilares importantes para o emprego, para a renda e para a manutenção do homem no campo. Merecem apoio e admiração.

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