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Editorial

O amor sempre vence

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A pandemia de coronavírus colocou o mundo de cabeça para baixo. Em poucos dias, muita coisa que as pessoas faziam deixaram de ser feitas, outras que não faziam parte da vida cotidiana passaram a ser frequentes.

As aulas on-line e o trabalho em casa são dois exemplos claros de que algo mudou rapidamente na vida das pessoas. O distanciamento social tirou do brasileiro até a possibilidade dos abraços ou de um simples aperto de mãos.

Até os casamentos ganharam nova roupagem. Transmitidos pela internet, como aconteceu dias atrás em Marechal Cândido Rondon. Presencialmente, somente os noivos, um casal de testemunha, os pais e dois irmãos da noiva, o namorado da irmã da noiva e o pai do noivo, mais os fotógrafos e a cerimonialista, ou seja, pouco mais de dez pessoas em uma cerimônia transmitida, via Zoom e/ou YouTube, para sete Estados e sete países, envolvendo cerca de 400 convidados, que assistiram esse momento tão importante na vida do casal de dentro do conforto e da segurança de seus lares. O amor não esperou a Covid-19 passar.

E muitos outros importantes sentimentos a pandemia não conseguiu tirar das pessoas. Pelo contrário, sentimentos que foram turbinados com a chegada do vírus. A generosidade é um deles. Desde março, inúmeras e incontáveis são as iniciativas que, em todo o mundo, proporcionam auxílio a pessoas necessitadas.

Gratuitamente, as pessoas passaram mais a exercer a empatia por pessoas desconhecidas. O sentimento de união e pertencimento também se solidificou, apesar do racha político que a pandemia acentuou no Brasil, por exemplo.

Existem coisas que a pandemia pode ensinar à sociedade – não comer animais silvestres é uma. O coronavírus aproximou as famílias, fez o trabalhador que tanto se queixava de falta de tempo ficar mais em casa com os filhos. Ele mostrou o quão importante é ter uma relação social, mesmo que pela falta dessa relação. Mostrou o quanto as pessoas precisam umas das outras.

Deixando as emoções de lado e partindo para a prática, ele também não tirou empregos. Pelo menos em Marechal Cândido Rondon. Sim, há desempregados por conta da pandemia, mas o município fechou o semestre com saldo positivo na geração de postos de trabalho. Fruto de boas estratégias de controle sanitário adotadas pelas instituições públicas, empresas e pelas pessoas. Fruto também de uma economia robusta, plural, mas especialmente sólida, alicerçada em empreendedores assertivos e trabalhadores comprometidos com o bem comum, seja das empresas, seja da comunidade.

O coronavírus já tirou quase 100 mil vidas no Brasil. Uma triste realidade que até pouco tempo atrás era inimaginável. Tirou o sossego do povo, estancou a vida social, tirou empresas de atividade, tirou a paz que as pessoas tinham, mesmo que elas nem soubessem a paz que tinham. Colocou medo nas pessoas.

Ainda há uma longa batalha contra esse vírus mortal. O número de mortos ainda é crescente em grande parte do país. Nas maiores cidades, as UTIs ainda estão cheias de pacientes e de exaustos profissionais de saúde. Um longo caminho ainda precisa ser percorrido.

Sorte que nessa batalha a sociedade tem algo que a Covid-19 jamais irá tirar das pessoas: o amor. Nem que seja de uma maneira diferente, ele sempre vai vencer.

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