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Editorial

Parece engrenar

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Até quinta-feira (24), o município de Cascavel espera imunizar pessoas com 39 anos ou mais. Na Capital do Oeste, cada dia desta semana é reservado para pessoas nascidas em dois anos diferentes. Se mais doses chegarem no decorrer da semana, as autoridades da Secretaria de Saúde daquele município esperam encerrar a sexta-feira imunizando pessoas com 37 anos ou mais.

Em Marechal Cândido Rondon, apesar de estarmos um pouco atrasados em relação a Cascavel, o ritmo de vacinação ganhou velocidade nos últimos dias. Ontem (21), pessoas com 48 anos começaram a tomar a primeira dose da esperança. Talvez a semana passada foi a que tenha imunizado o maior número de pessoas desde o início da campanha. A vacinação andou como nunca tinha andado.

Ainda, o Governo do Paraná divulgou na semana passada que, até setembro, quer imunizar, com pelo menos uma dose, todas as pessoas acima de 18 anos do Estado. Nessa perspectiva, toda a população (que tomou as duas doses) deve estar completamente imunizada até o fim de 2021.

Nesse fim de semana, o Brasil ultrapassou 500 mil mortos. É como sair de Marechal Cândido Rondon, passar por Toledo, chegar a Cascavel e não encontrar nenhuma pessoa viva em toda essa área. Uma catástrofe humanitária que o Brasil jamais tinha experimentado. As pessoas ainda continuam morrendo, o vírus continua circulando com força e as infecções não desaceleram, muito por conta de que algumas das medidas restritivas foram deixadas para trás, tornando a população mais exposta.

Mas a aceleração da vacinação, embora não seja adequada, parece melhorar. É uma luz de esperança que indica estar cada vez mais perto da sociedade, cansada de viver as incertezas, angústias e dor que a Covid-19 tem causado aos brasileiros. Com mais vacinas, as pessoas vão poder ficar mais tranquilas, vão poder visitar seus amigos e familiares, fazer viagens, participar de eventos festivos, ir à escola, fazer aquilo que a gente sempre fazia, sempre com segurança até que ampla parte das pessoas esteja vacinada.

Em alguns meses, paulatinamente, a vida das pessoas vai voltar ao normal. Ou pelo menos ao novo normal, que naturalmente não será como antes. Muito foi incorporado à sociedade ao longo desse quase um ano e meio de pandemia. A sociedade não vai sair como entrou, mas o bom é que vai sair.

Em alguns países com a vacinação mais adiantada, as máscaras já não são obrigatórias, há estádios de futebol recebendo torcida e shows e casas noturnas começam a funcionar normalmente. Quase não há mais restrições.

O Brasil está nesse caminho, mas ainda falta muito para o país alcançar esse status de segurança sanitária visto em outros lugares. Até o momento, nem 12% da população brasileira recebeu as duas doses necessárias para ter a imunização completada.

Parece que a coisa começou a engrenar, mas nem por isso as pessoas podem relaxar dos cuidados preconizados pela ciência. Até que ampla parte da população esteja imunizada, lavar as mãos, manter o distanciamento social e não participar de aglomerações é a melhor forma de controlar essa pandemia.

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