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Editorial

Pode dar voo

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Ao que tudo indica, a governadora do Paraná, Cida Borghetti, deve aterrissar na região Oeste do Estado nos próximos dias para dar notícias sobre o Aeroporto Regional. A notícia de um possível anúncio de desapropriação de um terreno entre as cidades de Cascavel, Tupãssi e Toledo deixou animados líderes, prefeitos e comunidade em geral. Enfim, uma notícia que parece ser o pontapé inicial para a realização de uma obra de extrema importância para o desenvolvimento da região. Isso porque o deficitário, ventoso e nebuloso aeroporto da Capital do Oeste impõe vários limites ao tráfego aéreo na região e, por consequência, limita viagens, negócios e até turismo.

A construção de um Aeroporto Regional é uma bandeira defendida pelas entidades de classe e lideranças políticas e empresariais há cerca de 25 anos. Em todo esse tempo, houve muita discussão, estudos de viabilidade técnica e econômica, embates políticos, indefinições acerca de sua localização, mas o assunto, na verdade e no fim das contas, nunca saiu do zero.

Obviamente que, por se tratar de ano eleitoral, é preciso ficar com a pulga atrás da orelha, no entanto, cabe ressaltar que esta seja talvez a primeira atitude efetiva e concreta para a execução da tal sonhada obra. Talvez já seja uma promessa de campanha, talvez – e até que enfim – o Estado tenha se dado conta de que a falta desse Aeroporto Regional, com capacidade de receber mais voos e aviões maiores, em local mais amplo e apropriado, é um entrave para o crescimento do pujante Oeste paranaense.

A novidade, que também tem animado as lideranças regionais, é a participação da Itaipu Binacional nesse projeto. A mãe dos lindeiros estaria disposta a bancar boa parte dos custos, injetando alguns de seus dólares na execução da obra. E onde a Itaipu põe a mão, geralmente a coisa anda. Diretores da usina já falam abertamente na possibilidade de uma parceria com o Governo do Estado. Parece que as tratativas estão bastante adiantadas entre as partes. Há um grande risco de que isso dê certo.

Hoje o aeroporto de Cascavel é uma alternativa desgastante para os usuários. É pequeno, recebe apenas voos menores, o que demanda um maior número de conexões, tem poucos horários disponíveis, venta forte e lateralmente e geralmente tem voos cancelados quando há neblina, que, por sinal, é insistente para aquela região. Ele não suporta a demanda. O aeroporto de Foz do Iguaçu é uma alternativa, mas está a quase 200 quilômetros de algumas cidades do Oeste.

A notícia de uma possível definição para a construção do Aeroporto Regional do Oeste animou as lideranças nos últimos dias. Em aproximadamente duas semanas a governadora do Estado deve tirar as dúvidas sobre o futuro dessa obra de fundamental relevância para aperfeiçoar a logística de mercadorias e pessoas na região. Por hora, as notícias são animadoras. Se vai dar voo só o tempo dirá. Ou decola dessa vez, ou cancelem suas passagens.

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