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Arno Kunzler

Ainda há esperança

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Apesar dos escândalos promovidos pelo PT, apesar das dúvidas que recaem sobre líderes do PSDB, é importante acreditar que ainda existe esperança.

O Brasil não pode ser do PT e nem do PSDB. Ou nos livramos do PT, ou teremos que ter o PSDB. Não! Existem outras alternativas e outros jeitos de governar.

É bom lembrar que ninguém é absolutamente dono da verdade, que ninguém tem a hegemonia dos acertos e que a ninguém pertence a nossa esperança, senão a nós mesmos.

Os brasileiros já disseram com quem não querem mais ficar e, salvo engano e juízo equivocado deste momento político, não há futuro com o PT.

Se haverá futuro com o PSDB, isso as urnas terão que dizer um dia, mas o certo é que esse governo, que o ciclo do PT no governo, simplesmente acabou.

Por isso, já é hora de pensar nas alternativas.

Já estamos caminhando para um novo governo, seja ele de transição, com os mesmos políticos que estão por aí, seja ele definitivo com eleições…

Particularmente, por pior que possa parecer, tenho a impressão que precisamos de um governo de transição.

Meu ponto de vista é o vice-presidente assumir e formar um governo com apoio mínimo do Congresso, para terminar o atual mandato.

Daqui a dois anos teremos novas eleições gerais, com eleição de presidente e do Congresso Nacional.

Podemos eleger os próximos candidatos sem traumas pelo momento atual.

Até os petistas mais fanáticos, contrários ao impeachment, vão me dar razão, pois o atual governo é “interminável” e daqui a dois anos o PT pode voltar a disputar a presidência, caso tenha candidato e interesse.

Pode ganhar uma eleição sem apelação, sem baixar contas de luz, sem pagar benefícios sacando dinheiro dos bancos públicos, sem mentiras e sem ilusões.

Os outros candidatos também poderão disputar uma eleição sem ter que enfrentar um governo que irresponsavelmente usa a máquina para ganhar votos, numa disputa muito desigual, como jamais aconteceu antes, na história desse país.

Isso, sim, vai ser melhor para a democracia e para o futuro dos governos.

Vamos mostrar que sabemos respeitar as leis, que sabemos exigir dos governantes um comportamento ético e que não toleramos desvios de conduta, nem mesmo de um ou uma presidente da República.

Mas que fique bem claro: não aceitamos desvios de conduta, sejam eles onde for.

O Brasil é muito maior que esses dois partidos que se revezam no poder e muito maior que um governo, seja ele de quem e de que partido for.

Por isso, vamos cuidar do Brasil.

Demos o primeiro passo ao mostrar nosso inconformismo com o estado de coisas que está aí.

O segundo é apontar um caminho, as alternativas.

O terceiro é continuar exigindo dos próximos governantes o mesmo que estamos exigindo agora.

Que ninguém assuma o governo pensando que o povo esquece, que o povo não está enxergando, que o povo não está mobilizado.

Os brasileiros não querem só trocar de presidente. Os brasileiros querem um governo melhor, menos corrupto e mais identificado com os anseios de quem produz.

Só isso.

 

 

Jornalista e diretor do Jornal O Presente

arno@opresente.com.br

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