Arno Kunzler
Aos patriotas
Neste dia 7 de setembro, talvez como nunca antes na história deste país, os brasileiros estarão nas ruas e nas praças para celebrar a nossa independência.
Mais do que celebrar a independência, muitos estão se mobilizando a convite do presidente Jair Bolsonaro para reafirmar suas convicções: PÁTRIA, FAMÍLIA E LIBERDADE.
Mais do que uma manifestação patriótica, será também uma manifestação de apoio político ao presidente da República e seus métodos reiteradamente expostos.
Bolsonaro consegue, como ninguém, mobilizar sua base em torno de temas antes impensáveis, como, por exemplo, a substituição do Supremo Tribunal Federal (STF) por um Tribunal Militar de exceção e a quebra da Ordem Constitucional com o fechamento do Congresso Nacional.
Tem muitos adeptos do presidente defendendo a intervenção militar.
Nessa mesma linha, propaga-se uma ideia bem consolidada entre os aliados de que as eleições, caso Bolsonaro não vença, não serão limpas.
O que será do processo eleitoral depois do dia 7 de setembro é a grande incógnita.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na presidência do ministro Alexandre de Moraes, terá força institucional para impor um resultado eleitoral adverso ao presidente, caso ele aconteça?
A não aceitação do resultado, caso perca a eleição, por parte do presidente e seus aliados implicará na quebra institucional?
O movimento pela independência do Brasil deste 7 de setembro promete ser grande e maravilhoso, mas de consequências imprevisíveis.
Salve 7 de setembro, sem violência, sem desordem e sem quebra da Ordem Institucional.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul