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Arno Kunzler

Disputa pelo PL e PP

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Pelo menos dois partidos políticos devem atrair grande interesse dos pré-candidatos a prefeito de Marechal Cândido Rondon nos próximos meses e proporcionar disputas ferrenhas entre as lideranças do município.

Ainda que os maiores partidos sejam União Brasil, do prefeito Marcio Rauber, e MDB, dos ex-prefeitos Ademir Bier e Moacir Froehlich, dois grupos que rivalizam na política local há 50 anos, as noivas cobiçadas são o PL e o PP.

Para ter o PP com o seu grupo, o prefeito Marcio Rauber investiu em várias lideranças, inclusive colocando o presidente da legenda, vereador Claudio Köhler (Claudinho), em um cargo de primeiro escalão e apoiou fortemente o candidato a deputado federal Evandro Roman, que fez mais votos no município que o eleito Dilceu Sperafico.

E pelo jeito deu certo. Nesta semana, o PP regional designou a executiva provisória em favor do grupo do vereador Claudinho, que divide com o também vereador Arion Nasihgil as principais lideranças do grupo, cujas diferenças são expostas semanalmente em encontros que alguns membros do partido promovem.

Arion foi eleito pelo PP e aparentemente (salvo um novo revés) perdeu o comando do partido pelo qual desejava disputar a prefeitura.

O PL, que na região é comandado pelo deputado Marcel Micheletto, andou recebendo visitas de inúmeros interessados de Marechal Cândido Rondon, inclusive do próprio Arion e do prefeito Marcio Rauber, e hoje está sob o comando do vice-prefeito Ilario Hofstaetter (Ila) e dos vereadores Valdir Port (Portinho) e Rafael Heinrich.

O PL tem, além dos eleitores que apoiam incondicionalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma das maiores estruturas financeiras e tempo de rádio e TV – se bem que tempo de rádio e TV nos tempos atuais tem menos peso.

Por outro lado, a definição do pré-candidato da oposição (Arion Nasihgil) colocou lenha na discussão política que ganhou as ruas e começa a despertar o interesse dos eleitores, antes indiferentes, criando uma expectativa muito maior pela escolha do pré-candidato que o prefeito vai apoiar.

Nos próximos meses, os pré-candidatos miram o eleitor, mas principalmente os partidos que podem lhes dar o melhor abrigo para disputar a prefeitura.

O prefeito Marcio tem muita força para negociar com as legendas porque tem ao seu lado o maior grupo de vereadores e, especialmente, pode oferecer uma estrutura de campanha maior aos que desejam ser candidatos a vereador.

A disputa incessante pelo comando das legendas ainda sem definição deve continuar até o fechamento da janela em que os atuais detentores de mandatos podem mudar de partido e provocar eventuais mudanças por interesses não atendidos.

Mas o que mais provoca incertezas, hoje, e pode movimentar o eleitorado é a expectativa pela escolha do pré-candidato do prefeito, indiscutivelmente.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

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