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Arno Kunzler

Novo hospital

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As mudanças no setor de saúde continuam em curso.

Aos poucos, o Poder Público consegue se organizar para prestar um atendimento melhor, ainda bem, garantindo acesso aos serviços de quem não tem como pagar um plano de saúde.

A defasagem no setor é muito grande, especialmente na região de Marechal Cândido Rondon, onde cada vez mais pessoas são encaminhadas para outras cidades em busca de soluções, muitas vezes simples.

A expectativa que se criou com a venda do plano de saúde Sempre Vida parece não estar sendo atendida, pelo menos por enquanto.

Por outro lado, ainda existe uma boa expectativa em relação ao novo Hospital da Unimed, ainda…

O que os usuários da região de Marechal Cândido Rondon querem mesmo é um novo hospital com serviços de média a alta complexidade.

Todavia, isso não vai acontecer. O novo hospital sequer vai ter uma UTI, pelo menos num primeiro momento.

A projeção feita pela empresa que está construindo o novo hospital é de que em setembro a obra física esteja pronta para ser entregue à Unimed Costa Oeste, que pretende inaugurar o hospital ainda este ano.

Como a Unimed tem um projeto para construir um hospital de média e alta complexidade no Biopark, em Toledo, é praticamente zero a chance de haver investimentos elevados em tecnologia mais avançada no hospital em Marechal Rondon.

Não faz sentido a Unimed Costa Oeste ter dois hospitais com equipamentos caríssimos num raio de 50 quilômetros.

Os usuários dos planos de saúde estão com muito mais incertezas, já que o velho e tradicional plano de saúde do grupo Sempre Vida sofreu mudanças radicais e o novo Hospital da Unimed não consegue prometer mais do que já existe em Marechal Rondon, além de um novo espaço mais confortável e adequado para acomodar os doentes.

Se for como disse um dia o médico Dietrich Seyboth, que vamos ter dois hospitais com ambulância e um motorista esperando na porta para encaminhar os doentes para outras cidades, os cidadãos rondonenses vão depender cada vez mais do serviço público.

E quanto melhor o serviço público estiver, maior será a demanda, já que as pessoas não terão motivo para ter plano de saúde se o setor privado não consegue oferecer mais do que o público.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

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