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Arno Kunzler

O que vem em 2023?

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Os brasileiros se dividem em dois grupos na questão da carga tributária.

De um lado estão os governos, federal, estaduais e municipais, que além de não abrir mão das receitas já instituídas também estão sempre de olho em novas oportunidades para tributar mais algo.

De outro lado estão os contribuintes, que são todos contra essa carga tributária já existente e nem conseguem imaginar novos tributos e aumentos de alíquotas.

Só que os governos, pressionados pelos mesmos contribuintes, cada ano aumentam suas necessidades.

A cada eleição surgem novas demandas que, se prometidas, necessitam mais dinheiro que precisa surgir de algum lugar.

E aí vivemos esse dilema. Enquanto os contribuintes querem que os governos diminuam suas despesas, especialmente a má gestão dos recursos, os governos, de todos os níveis, normalmente só enxergam uma solução: aumentar os impostos.

Nas últimas semanas passamos momentos tensos, iniciativas de vários governos estaduais foram severamente contestadas.

E não vai parar por aí. É certo que o governo federal, seja quem for, vai enviar propostas de aumento de impostos.

A bola da vez são os lucros e dividendos das empresas e o agronegócio.

Na década de 90 o governo, de forma sensata e correta, estimulando a eficiência e principalmente desestimulando a sonegação, abriu mão de tributar os lucros das empresas.

Mas os governos não conseguem ver quem se tornou eficiente e parou de sonegar, ganhar dinheiro.

É o caso das empresas e principalmente dos agricultores.

Se a sociedade não estiver vigilante e mobilizada, 2023 vai aumentar a carga tributária e não será pouco.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

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