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Arno Kunzler

Precaução ou teimosia?

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Sou um defensor incondicional da independência do Banco Central por considerar que controle da moeda é papel do Estado e não de um governo.

Mas já fiz críticas contundentes a esse mesmo Banco Central durante o governo Bolsonaro, quando, em um processo inflacionário em curso, visível e perceptível para qualquer leigo, manteve-se tempo demais a taxa de juros em 2%.

Agora, mais uma vez o Banco Central retarda medidas, desta vez para baixar os juros.
Nada justifica, no ambiente atual, manter taxas de juros nesses níveis, a não ser uma generosa dose de teimosia de quem está sendo acuado.

Duvido que baixar a taxa de juros em 0,5% faria alguma diferença hoje, gerando aumento de consumo, que poderia gerar inflação.

No entanto, mexer na taxa de juros, nem que fosse apenas 0,5%, mostraria uma tendência de queda e seria um sinal positivo para o setor produtivo.

Acalmaria os políticos que já estão fazendo dessa questão uma pauta puramente política.

Ao não baixar os juros, o Banco Central se mostra inflexível e excessivamente precavido, ou até mesmo mal-informado, mais uma vez.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

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