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Arno Kunzler

Setentei

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O menino pobre, nascido no interior do Rio Grande do Sul (Santo Cristo), criado no interior do interior de São José do Cedro (Santa Catarina), cresceu e amanhã, 3 de fevereiro, faz 70 anos.

Olhando para trás vejo uma trajetória rica de realizações, de superações que atribuo a minha persistência, um pouco de talento, aliado às necessidades constantes, e também à sorte.

Admito que sempre trabalhei muito mais por necessidade do que por prazer.

Mas, gosto muito da vida que levo e das coisas que faço, da profissão que exerço desde 1978.

Não sou daqueles que registram tudo para guardar e mostrar seus feitos, muitas vezes nem fotos faço questão.

Guardo apenas na memória o que vivi, as obras mais importantes das quais tenho muito orgulho e da família que Deus me permitiu, uma esposa compreensiva e companheira, quatro filhos, genros, nora e netos maravilhosos.

Amigos que preenchem meus momentos e têm lugar cativo no meu coração.

Tenho o que nunca imaginei conseguir, nem nos meus melhores sonhos.

Sou grato a Deus diariamente por ter me permitido acesso ao consumo, às coisas materiais, viajar, reunir amigos, a família e amanhã (3 de fevereiro), comemorar meu aniversário com todos os funcionários, parceiros e suas famílias.

Mas, compreendo também que o que mais me realiza nos dias atuais é contribuir, seja doando algo para quem precisa, seja levando pessoalmente uma cesta básica para uma família com filhos pequenos e carentes de quase tudo.

Me comove ver crianças desamparadas do básico: um doce, um brinquedo ou uma roupa.

Ainda tenho vontade de contribuir com as quatro empresas onde participo de alguma forma, mas sem “arregaçar as mangas” diariamente.

Gosto de conversar sobre negócios, sobre política, ajudar alguém a encontrar o melhor caminho, incentivar quem está começando, estimular o empreendedor que está dentro de cada um.

Participei de muitas entidades, aprendi com muitas pessoas, procurei sempre deixar lembranças boas por onde passei.

Me sinto um pouquinho participante das grandes conquistas da região, seja divulgando, debatendo, reivindicando ou agradecendo aqueles que compreenderam a importância dos nossos pedidos.

Setenta anos bem vividos, sem ostentação, sem desperdício e sem arrogância.

Setenta anos, talvez, seja o divisor de águas, tipo, o que vem agora é lucro.

Por isso me sinto leve, me sinto realizado, me sinto à vontade para gastar e investir tempo e dinheiro quando algo me dá prazer.

Os erros, bom, quem não errou?

Se ainda mereço viver, quero dedicar os anos que me restam agradecendo…

GRATIDÃO!

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

@arnokunzler

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