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Osnei Alves

Os fundamentos de uma gestão eficiente

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A demanda de hoje e a complexidade dos produtos atuais exigem pessoas que desenvolvam urgentemente a capacidade de trabalharem juntas, visto que, naturalmente, as pessoas podem não compreender umas às outras.

Para que o conhecimento não se perca, é indispensável hoje em dia construir redes de comunicação entre especialistas que processam demandas automatizadas provenientes de consumidores e clientes. Esse é um viés inspirado numa visão americana, e baseia-se em um uso sistemático das tecnologias da informação e a inteligência artificial e tange mais o explícito do que ao tácito.

Todavia, ainda mais importante é atentar para o fato de que as velhas maneiras de pensar que redundaram em erros nunca são discutidas, ou seja, geralmente continuam atuantes e em condições de disseminar repetidamente novos erros, de modo que os autores acreditam que as pessoas geralmente compreendem o que deu errado, contudo, a partir de visões limitadas e fragmentadas, então, se for possível juntar “cada peça” para integralizar todas as perspectivas dos envolvidos, talvez a organização como um topo aprendesse com o ocorrido.

No futuro, as organizações não modelarão suas formas de trabalho para que se encaixem nos limites estreitos de uma tecnologia inflexível, ao contrário, começarão a desenvolver sistemas de informação para apoiar a maneira como as pessoas de fato trabalham.

A ascensão do conhecimento como o alavancador estratégico para a criação de valor gera grandes efeitos na maneira como as organizações lidam com esse ativo, pois a gestão eficaz do conhecimento tornou-se fator-chave de sucesso para a competitividade.

As empresas precisam saber com clareza que tipo de conhecimento é crítico para seu modelo de negócios – tanto em termos de conhecimento de mercado quanto de competências internas – e precisam de mecanismos e políticas apropriadas para adquirir, agregar e utilizar esse conhecimento relevante.

Não é uma tarefa fácil para organizações que foram projetadas para constituir-se em máquinas eficientes. Ainda que algum conhecimento possa ser tratado como arquivo morto e rapidamente processado de acordo com um padrão industrial, as maiores e mais relevantes partes do conhecimento atual tendem a ser tácitas e ambíguas.

Esse tipo de conhecimento está nas pessoas e nas práticas e se relaciona estreitamente com o contexto no qual encontra aplicação. Seu acesso é mais difícil e ele não pode ser “administrado”, como um banco de dados; precisa ser absorvido e continuamente reavaliado por meio do diálogo, já que resulta de variadas perspectivas, internas e externas. Ele não tem muita utilidade se não for convertido em um significado compartilhado e em mapas organizacionais, que irão apontar a resposta estratégica da organização.

Um fator importante para impulsionar a aprendizagem na empresa é o reconhecimento de que as competências essenciais constituem as bases da vantagem competitiva de uma organização. O modelo da estratégia baseado em recursos, popularizado no início dos anos 1990 por C. K. Prahalad e Gary Hamel, distingue a fonte da vantagem estratégica não tanto como o resultado de um posicionamento inteligente em uma área de um mercado existente, mas no rol inconfundível de competências essenciais da empresa.

Essas competências podem ser marcas, patrimônio físico, processos diferenciados, expertise tecnológica, talentos distintivos, acesso diferenciado a mercados de capital, entre outros. Elas não são facilmente imitadas e constituem o ponto de apoio da identidade de uma empresa. Uma parcela significativa dessas competências resulta do “DNA” da empresa, que, muitas vezes, remonta à ideia fundamental do negócio e está profundamente enraizada nas práticas históricas da organização.

Mas outras competências podem ter sido adquiridas com o tempo, por meio de fusões e aquisições ou por meio da aprendizagem organizacional e dos processos de transformação internos. As aceleradas mudanças no ambiente corporativo têm efeitos significativos sobre as competências de liderança que uma organização requer. Os processos que demandam o envolvimento formal de várias funções e níveis de controle interno não são apenas lentos e entediantes, como também criam uma cultura de inércia e obediência cega às regras.

Apesar desses processos poderem funcionar em ambientes estáveis e previsíveis, nos quais as regras não mudam, tornam-se disfuncionais em um contexto altamente dinâmico, que requer espírito empreendedor, flexibilidade e reações em tempo real.

Quem é Osnei Francisco Alves

Osnei Francisco Alves é especialista na área de gestão, estratégia empresarial, marketing, comunicação, tecnologia, educação, entre outras. Escritor de livros e artigos científicos. Atualmente, gerente executivo do Senac em Marechal Cândido Rondon.

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