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Osnei Alves

Capital intelectual nas organizações

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Capital intelectual pode ser definido como sendo a somatória de informações, transformada em conhecimentos produtivos, que pode ser agregada aos conhecimentos já existentes numa organização e com isso ela pode se tornar mais competitiva. A totalidade das informações transformadas em conhecimento do corpo social da empresa pode potencializar o modus operandi do negócio, deve ser estruturado, registrado e armazenado como uma expertise organizacional, de modo que possa ser utilizado em prol da organização a qualquer momento.

As empresas precisam perceber que os seres humanos em seu trabalho não são apenas recursos de despesa, custo de folha de pagamento, eles próprios são ativos que podem ser valorizados, medidos e desenvolvidos como qualquer outro ativo da corporação. São ativos dinâmicos que podem ter seu valor aumentado com o tempo, e não ativos inertes que perdem valor. Com certeza são os mais importantes de todos os ativos.

Capital intelectual é um ativo de capital que consiste em material intelectual. Para ser considerado capital intelectual, o conhecimento precisa ser um ativo – possível de ser usado para criar riqueza. Dessa maneira, o capital intelectual inclui: os talentos e habilidades de indivíduos e grupos; redes tecnológicas e sociais e o software e a cultura que as conecta; propriedade intelectual, como patentes, copyrights, métodos, procedimentos, arquivos etc.

Ele exclui conhecimento ou informação não relacionada com a produção ou criação de riqueza. Da mesma forma que matérias-primas como minério de ferro não devem ser confundidas com um ativo como uma usina de aço, materiais de conhecimento como dados ou fatos diversos não devem ser confundidos com ativos de conhecimento.

Do ponto de vista da contabilidade tradicional, o capital intelectual frequentemente não se enquadra na definição de ativo. Geralmente, sob as regras da contabilidade, um ativo deve ser tangível; deve ter sido adquirido em uma ou mais transações, de forma que possua um custo conhecido ou um valor de mercado, e deve estar sob o controle da parte a que esse ativo pertence. Desse modo, habilidade científica não é um ativo contábil, mas equipamento de laboratório é.

Capital intelectual, então, é o conhecimento que transforma matérias-primas e as torna mais valiosas. As matérias-primas podem ser físicas – o conhecimento da fórmula da Coca-Cola é um ativo intelectual que transforma alguns centavos de açúcar, água, dióxido de carbono e aromatizantes em dólares de refrigerantes. A matéria-prima pode ser intangível, como informação. Conhecimento da legislação é um ativo intelectual; um advogado pega os fatos de uma disputa (matéria-prima) e transforma-os a partir de seu conhecimento legal (um ativo intelectual) para produzir uma opinião ou um parecer (uma saída de maior valor do que os fatos por si só).

Toda empresa ou organização possui as três formas de capital intelectual. O capital humano consiste em habilidades, competências e capacidades dos indivíduos e grupos. Varia de competências técnicas específicas a habilidades mais subjetivas, como capacidade de vendas ou de trabalho em equipe. Um capital humano individual humano, legalmente, não pode ser propriedade de uma empresa; o termo se refere, então, não só ao talento individual, mas também às habilidades e aptidões coletivas da força de trabalho. Na verdade, um desafio encarado por executivos é como gerenciar o talento realmente fora de série de membros de seu staff: como usá-lo ao limite sem se tornar completamente dependente de algumas estrelas, ou como incentivar essas estrelas a compartilhar suas habilidades com os outros.

A ascensão do conhecimento como o alavancador estratégico para a criação de valor gera grandes efeitos na maneira como as organizações lidam com esse ativo. A gestão eficaz do conhecimento tornou-se fator-chave de sucesso para a competitividade. As empresas precisam saber com clareza que tipo de conhecimento é crítico para seu modelo de negócios – tanto em termos de conhecimento de mercado quanto de competências internas – e precisam de mecanismos e políticas apropriadas para adquirir, agregar e utilizar esse conhecimento relevante.

A aprendizagem deve assegurar que todas as qualificações, habilidades e competências da força de trabalho de uma empresa estejam continuamente alinhadas aos requisitos estratégicos da empresa. As mudanças organizacionais devem ser debatidas por todas os funcionários. Como o mercado encontra-se em constante desenvolvimento, a mudança tecnológica reduz a vida útil do conhecimento, e as descontinuidades no mercado forçam as empresas a se desenvolver e alterar seus modelos de negócios continuamente.

Todas as empresas necessitam de informações para desenvolver as suas atividades, assim os sistemas de informação contribuem para que a transmissão de informações seja rápida e eficiente para os usuários. Quando as empresas conseguem transformar as informações em conhecimento as atividades são mais claras para os usuários, facilitando a tomada de decisão. A tomada de decisão eficiente possui em uma base de informações coerente com o mercado e leva em consideração não só os equipamentos, mas também a inserção de informações, realizada por pessoas capacitadas e com conhecimento do negócio. Assim, o capital intelectual tem sido o diferencial para as organizações, servindo como fonte de investimento e rentabilidade para as empresas.

Quem é Osnei Francisco Alves

Osnei Francisco Alves é especialista na área de gestão, estratégia empresarial, marketing, comunicação, tecnologia, educação, entre outras. Escritor de livros e artigos científicos. Atualmente, gerente executivo do Senac em Marechal Cândido Rondon.

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