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Silvana Nardello Nasihgil

Não se permita viver relações tóxicas e sem sentido

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Muitas vezes, esquecemos que temos escolhas, que não precisamos aceitar tudo o que vier dos outros. Esquecemos de nós, por isso nos permitimos viver relações tóxicas e sem sentido.

Não importa com quem e onde, pessoas tóxicas existem nas relações familiares, entre amigos, no trabalho, na escola, em qualquer lugar. Como não temos poder algum de mudar as outras pessoas, precisamos lembrar que os limites para o outro dependem de nós.

Criamos expectativas demais, esperamos demais, damos chances demais e com isso permitimos zonas de conflitos que nos tiram a paz e nos desconstroem.

Chega uma hora que devemos nos questionar: qual a razão para que o outro tenha espaço na minha vida e se sinta confortável em ser uma fonte de sofrimento para mim?

A resposta é simples e já indico pontualmente: o outro só ocupa o espaço que a gente der, que a gente permitir.

Diante dessa verdade, esquecemos que a vida precisa ser conduzida. Colocamos no modo automático e vamos levando os dias na espera por milagres, sofrendo na esperança que o nosso sofrimento provoque mudanças no outro. Isso é utopia, nunca acontecerá!

Pessoas que se colocam na posição de donos da razão não têm compreensão real daquilo que vivem em relação aos outros. Elas têm um mundo particular onde só cabem os seus valores e o seu direito de escolha.

Nesse contexto, se faz necessário uma reflexão sobre as escolhas que temos, sobre aceitar o que vier ou buscar paz e equilíbrio.

Tem pessoas que mesmo sofrendo as maiores atrocidades decidem ficar. Triste, mas muito real. Isso está diretamente ligado à baixa autoestima, falta de conhecimento de si e da história de vida, onde as suas relações se basearam na desconstrução do próprio eu.

Quando não sabemos o nosso valor, quando não temos um projeto de vida, aceitar o modelo de vida imposto pelo outro dá a sensação de estar fazendo o que é preciso. Então a vida só terá um rumo, seguirá de mal para pior.

Viver e ter equilíbrio emocional não tem nada a ver com isso, tem a ver com escolhas sensatas na busca de uma vida leve, onde o objetivo seja ter paz, espaço para crescimento psicológico, emocional e físico, sendo respeitado(a) no direito de opinar e escolher.

A gente só vive uma vez e a vida não pergunta sobre as nossas escolhas, ela acontece dentro daquilo que permitimos, simplesmente porque as escolhas são pessoais. Quem não observar e buscar as mudanças necessárias, fatalmente as contingências irão dar essa resposta.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

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