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Arno Kunzler

2024: o ano do equilíbrio

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Apesar das eleições municipais, 2024 promete ser um ano de inflação baixa, juros em queda e economia estável.

As anomalias provocadas pela Covid, depois pelas guerras, geraram fortes especulações de preços em quase todos os produtos, desde agrícolas até componentes eletrônicos para produção de veículos, máquinas agrícolas e industriais.

O mercado agrícola, cujos preços já caíram à realidade anterior à Covid, sinaliza estabilidade de preços das commodities mais importantes.

O mercado de veículos e máquinas agrícolas sinaliza estabilidade e, em alguns casos, queda de preços com fortes promoções.

A construção civil teve redução de preços em itens importantes na composição de seus custos.

O normal hoje é que os preços se estabilizem em patamares mais parecidos com os preços praticados antes da pandemia.

Em muitos setores, os prejuízos foram grandes, mas já aconteceram, como no agronegócio, por exemplo.

Quem plantou soja e milho com perspectiva de vender a preços da pandemia já sabe que venderá por menos, provavelmente muito menos.

Na cosntrução civil, muitos itens variaram para baixo e os prejuízos de quem estava com estoques preventivos já está contabilizado.

A agroindústria, setor que mais sofreu durante e pós-pandemia, deve iniciar 2024 consumindo estoques comprados a preços mais atualizados, recompondo seus ganhos que estavam prejudicados durante três anos seguidos.

O nivelamento dos preços, para baixo, diminui a pressão salarial no setor público e privado, ainda que ganhos tenham sido e ainda serão ofertados, especialmente para mão de obra qualificada.

Se fosse necessário arriscar um palpite para a economia de 2024, a palavra seria ESTABILIDADE.

Com a oferta de dinheiro novo e a juros menores, as empresas terão menos dificuldades para vencer as contas que sobraram dos momentos de instabilidade.

Se houver retomada de crescimento de alguns setores, ela não deve ser acentuada e nem alcançar o agronegócio, que ainda vai lamentar o tamanho da queda dos seus lucros.

Se 2024 promete ser de estabilidade, também podemos dizer que é um ano de esperança, esperança que o governo atrapalhe pouco, que os preços dos produtos agrícolas melhorem e que a indústria volte a crescer em níveis desejáveis.

Pra quem acredita, boa sorte!

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

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