Arno Kunzler
Leilões em setembro
Previsto para acontecer no final deste mês, o leilão para concessões das principais rodovias do Oeste do Paraná está dentro da normalidade esperada pelo Governo do Paraná, por enquanto.
A normalidade esperada são preços aceitáveis de pedágios e recursos para realizar as obras que o Paraná exige em troca.
Segundo o deputado Hussein Bakri, líder do governo na Assembleia Legislativa, com quem falamos há pouco, a garantia de preços mais baixos e de obras que contemplem as necessidades do Estado ”são pontos inegociáveis”.
O Paraná tem a chance de se redimir dos erros do passado, das concessões malfeitas na década de 90 que causaram intermináveis discussões políticas e ilações sem nenhum respaldo jurídico e poder de resolução.
Essa insanidade só aumentou o prejuízo dos paranaenses e, o pior, sem ver as obras que poderiam ter sido realizadas.
Agora temos a chance de escrever uma nova história e esperamos que os contratos novos sejam claros, que a exigência de obras esteja condicionada à continuidade ou não da cobrança de pedágio.
São obras que os governos nunca poderiam fazer sozinhos com recursos próprios, sem o aporte das empresas e sem cobrar pedágio.
Temos que compreender que pedágio não pode ser um imposto; é o pagamento de um benefício, quem usa paga.
E o benefício são rodovias duplicadas, bem conservadas, aparelhadas com sistemas de comunicação e segurança que não permitam só trafegar mais rápido, mas, sobretudo, com mais segurança.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul