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Arno Kunzler

O grande teste

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As redes sociais viraram febre – também no Brasil, depois da última campanha eleitoral.

O povo ganhou voz e independência em relação aos veículos de comunicação tradicionais, em relação ao jornalismo proposto pelos veículos de comunicação.

O povo fala o que pensa, retruca e critica. Pouco importa a opinião dos políticos, dos empresários, dos jornalistas.

E, convenhamos, as redes sociais se mostraram extremamente eficientes durante a campanha eleitoral.

Funcionaram bem para defender as ideias do candidato e criticar o estado de coisas que estávamos vivendo.

Agora chega o grande teste: o governo vai tentar aprovar seus projetos usando as redes sociais para defendê-los.

E aí vem a dúvida: elas vão funcionar também para defender uma ideia de governo?

Ou apenas para criticar e desconstruir a imagem de um governante?

O presidente Bolsonaro usou com muita inteligência as redes sociais para promover suas ideias.

Ganhou a opinião e a eleição.

Agora essas ideias que o levaram à vitória estão chegando ao Congresso e os deputados terão que votá-las.

O governo confia que as redes sociais farão, mais uma vez, a defesa de suas ideias.

Todavia, os opositores terão agora a chance de usar também as redes sociais tão consagradas durante a campanha para atacá-los.

E aí veremos se elas funcionam para atacar e defender, ou só para atacar.

O governo agora precisa convencer os brasileiros que seus projetos são bons, para ter o apoio do Congresso.

Caso contrário, se a oposição convencer os brasileiros que os projetos do governo são ruins, o Congresso poderá rejeitá-los.

E aí vamos reviver o mesmo filme que já assistimos com outros presidentes.

O Brasil precisa superar a fase das boas intenções. É preciso fazer.

Ou vamos continuar sendo apenas o país do futuro, futuro que nunca vem.

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