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Editorial

“Dezembrou”

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Novembro dá adeus e lugar a dezembro, mês de preferência de muita gente por conta das férias, escolares e de trabalho, da injeção do 13º no orçamento, das festas de fim de ano, passeios e reencontros de amigos e familiares. É a época em que os cristãos renovam suas convicções e que muita gente começa a planejar o novo ano que se aproxima. É o mês derradeiro, que traz consigo o espírito de Natal, o canto das cigarras, as boas energias do réveillon. Parecia que não ia chegar, mas chegou.

Onze meses atípicos antecederam a chegada de dezembro. Desde o início do ano, logo passadas as férias e o Carnaval, a Operação Carne Fraca continuou debulhando diversos setores produtivos, especialmente ligados ao agronegócio. Na sequência, a greve dos caminhoneiros trouxe o caos ao país, com a queda acentuada da atividade econômica e o desabastecimento de produtos de Norte a Sul. Para apimentar, teve Copa do Mundo, seguida, por tumultuado processo eleitoral para a escolha de presidente, governadores e parlamentares. Isso sem contar a guerra comercial travada entre China e Estados Unidos, que instalou a insegurança no comércio internacional de bens estabelecido após a 2ª Guerra Mundial.

Verdadeiramente foram 11 meses que desafiaram o Brasil e o brasileiro, que já vinham de dois anos seguidos de recessão provocados pela avalanche de escândalos de corrupção que atingiram a cúpula do governo federal, governadores, outros políticos e alguns dos maiores empresários e executivos do Brasil. A prisão do ex-presidente Lula foi o ápice dos acontecimentos, apesar da facada que praticamente dividiu o país entre dois extremos e produziu o mais barulhento e popular processo eleitoral já visto por aqui.

Foram meses difíceis, é verdade, mas o brasileiro sobreviveu. Nesse tempo, aqueles que conseguiram manter seus empregos não pararam de trabalhar, de sonhar com dias melhores, de lutar pelo pão à mesa, pela escola do filho, pela dignidade da família. Outros amargaram na fila do desemprego, mas muitos buscaram alternativas empreendedoras para continuar a ter uma renda. Por questões óbvias, muitos ainda estão nessa situação desconfortável a que nenhum pai ou mãe de família gostaria de experimentar.

Dezembro chega para aliviar a alma do cidadão brasileiro. Em Marechal Cândido Rondon e municípios vizinhos, muita gente sai às compras, fica até mais tarde em frente de casa (mesmo sem aquela segurança de outrora), passeia nos parques e praças, toma tererê, lota os botecos de boas risadas. As ruas ganham mais ciclistas e caminhantes, as casas mais luzes e alegria. O comércio se tematiza para o Natal, mostrando vitrines que mexem com o imaginário das crianças e também dos adultos. É tempo também de contratações temporárias para, quem sabe, engatar aquele emprego que não veio ainda.

Dezembro chegou trazendo novas perspectivas para as pessoas. Depois de 11 meses bem tumultuados, espera-se que este seja de mais paz, amor e progresso. Aproveite seu dezembro e ajude a fazer dele o melhor mês do ano para todos. Enfim, “dezembrou”.

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