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Editorial

Empolgação x desempolgação

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É grande a expectativa, não só por parte de empresários, mas também da comunidade em geral, para a festa que vai marcar o 62º aniversário de Marechal Cândido Rondon.

Apesar do anúncio da Expo Rondon 2022 ainda não ter acontecido, sabe-se, extraoficialmente, que a programação vai acontecer de 21 a 25 de julho, e, especula-se, que será em grande estilo, marcando a retomada do evento, após dois anos em stand-by devido às restrições da pandemia da Covid-19.

A meta de quem estará na organização é caprichar, e muito, em todos os detalhes e promover um grande evento.

Por sinal, a retomada de eventos nos moldes da Expo Rondon na região traz uma sensação de volta à normalidade, algo que até pouco tempo parecia uma realidade distante. As pessoas em geral estão ansiosas para participar de programações que costumam movimentar as cidades e suas economias, aproveitando shows badalados e as tradicionais atrações, que valorizam, em especial, uma culinária bastante atrativa, como é o jantar e o almoço à base de peixe, em Maripá, que vai acontecer nos dias 23 e 24 de abril, a Festa do Boi no Rolete, em Marechal Rondon, agendada para 25 de julho, o Festival da Carne Suína, em Entre Rios do Oeste, que será realizado em setembro, entre outras.

A liberação do uso de máscaras em ambientes fechados, divulgada nesta semana pelo Governo do Paraná, é um ingrediente a mais neste contexto de retomada. Parece que estamos vivendo de fato uma nova fase e, digamos, até estranhando essas mudanças gradativas que indicam que logo, logo – e assim torcemos e queremos – a pandemia será coisa do passado.

É realmente empolgante chegar aqui e pensar que estamos podendo, enfim, avançar novamente. Que os desafios, as dificuldades, os sofrimentos e as perdas deixarão marcas, lembranças tristes, sim, mas que chegamos a um novo momento com muita vontade de poder viver como já vivemos um dia.

Por outro lado, não tão empolgante assim, essa nova fase positiva confronta com uma realidade “pesada” e que atinge o dia a dia do cidadão brasileiro: a questão econômica. As pessoas perderam poder de compra. Os salários não acompanharam os reajustes vindos de todos os lados. Tudo está mais caro, e bem mais caro, mas os rendimentos continuam os mesmos para a maioria.

Para complicar, o cenário eleitoral traz ainda mais instabilidade econômica, o que nos deixa num “barco furado”.

As melhoras no setor econômico vão demorar para ganhar forma significativa, ainda mais com o conflito militar entre Rússia e Ucrânia, que não dá trégua e traz consequências para o mundo inteiro.

No campo político o cenário também desempolga. Aponta para uma campanha polarizada, de ataques e contra-ataques e, ao que tudo indica, mais acusações do que proposições de peso. Aquelas que realmente deveriam ser pautadas para um Brasil melhor.

Que a empolgação da vida retornando a uma certa normalidade, que a expectativa para as festas, os encontros e os eventos que transformam o nosso dia a dia, não sejam contaminadas pelo clima não tão empolgante dos cenários político e econômico que temos aí.

Dias melhores virão!

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