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Arno Kunzler

Ilusão ou certeza?

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Até que ponto a eleição de prefeito e vereadores de 2020 gerou ilusões nos políticos e nas suas equipes?

A eleição de 2020 produziu resultados absolutamente inesperados em vários municípios, onde a reeleição de prefeitos era sempre apertada.

Apenas para ficar em quatro exemplos: Marechal Cândido Rondon, Guaíra, Santa Helena e Cascavel, em que os prefeitos foram reeleitos com margens absurdamente elevadas.

É claro que isso criou um ambiente de otimismo muito grande em algumas pessoas.

Um otimismo que inibiu tanto os debates políticos durante os primeiros dois anos que parecia não haver mais oposição.

É o caso de Marechal Cândido Rondon, onde o prefeito Marcio Rauber transborda confiança ao falar da eleição de 2024.

Prevê um novo fracasso da oposição e que seus candidatos, sete ou oito, somarão votos em favor do escolhido pelo grupo (leia-se Marcio Rauber).

Se a matemática do prefeito está correta, o favoritismo da última eleição vai fazer o grupo eleger o terceiro mandato seguido, algo que ainda não aconteceu desde que o instituto da reeleição foi implantado, na década de 90.

Mas a oposição aposta que o prefeito está iludido e que a recepção dos eleitores ao seu pré-candidato está mostrando isso.

Cada grupo conta com suas pesquisas e interpreta do seu jeito.

Mas só saberemos se o prefeito Marcio Rauber é de fato um bom estrategista e um político que transfere votos se fizer seu sucessor.

Esse leque de candidatos, estimulados pelo próprio prefeito a lutar por seu espaço, estabelecendo pequenas disputas internas e a indefinição de partidos, é um ingrediente novo e pode distrair o eleitorado.

Não para o prefeito que aposta na maturidade dos seu grupo.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

@arnokunzler

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