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Arno Kunzler

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A reviravolta política provocada em Marechal Cândido Rondon, pela decisão do PL em mudar de lado, pode ter desdobramentos em sequência.

É visível no semblante do grupo e do prefeito Marcio Rauber a decepção com o que aconteceu em Brasília, na quarta-feira (22).

Mas o pior pode não ser só perder o PL.

Pior do que perder a legenda do ex-presidente Bolsonaro no município pode ser se o União Brasil tomar o mesmo caminho.

Lembrando que o prefeito se reelegeu pelo União Brasil e é o partido com o maior número de vereadores no município, mas nenhum deles apoiou os candidatos eleitos pelo União Brasil no Paraná.

Acontece que a direção estadual do partido já foi informada pelo prefeito Marcio Rauber que o União Brasil não terá candidato a prefeito em Marechal Cândido Rondon.

E mais, que todo o grupo, ou pelo menos os líderes maiores do União Brasil, inclusive o prefeito Marcio Rauber, deixarão a legenda até abril de 2024 ou logo depois.

Ocorre que o vereador licenciado Adriano Backes, atual secretário de Agricultura e Política Ambiental, visivelmente desconfortável diante das declarações do prefeito Marcio Rauber de que a composição só será definida depois do dia 6 de abril, prazo que os vereadores não poderão mais mudar de partido, está no União Brasil.

Não é difícil imaginar que os deputados do União Brasil ficariam muito satisfeitos se o vereador mais votado na última eleição assumisse o comando do partido e fosse candidato a prefeito, formando uma terceira ou quarta via.

Tratativas para isso já estão acontecendo.

Pelo jeito só falta Adriano Backes querer.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

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