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Fátima Baroni Tonezer

O que é autoestima saudável? Passos para mudar a minha

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Este é um assunto complexo, que envolve muitos aspectos. Mas respondendo à pergunta do título, sim, é possível, mas não, não é fácil. Na minha jornada como psicóloga, lidando com milhares de pessoas, nesses mais de 30 anos, conheci muitas que aparentavam possuir uma boa confiança e habilidade interpessoal, porém qualquer enfrentamento que abalasse essa crença as fazia cair. Isto porque essas pessoas são caracterizadas pelo excesso de sensibilidade emocional. São pessoas que têm autoestima frágil.

O QUE IDENTIFICA A AUTOESTIMA FRÁGIL?

É possível identificar uma pessoa com esse tipo de autoestima, a frágil, através de alguns dos seguintes comportamentos: são pessoas carentes, que se magoam com facilidade e têm dificuldade para lidar com críticas. Sentem necessidade de agradar para sentir-se aprovadas pelos outros. Geralmente têm baixa tolerância à frustração e dificuldade de dizer “NÃO” e colocar limites no outro. Também apresentam tendência a culpar-se com frequência por situações, que ficam remoendo. É possível antever sinais de dependência emocional, com dificuldade excessiva para lidar com a rejeição e o abandono. Essas pessoas conseguem agir e realizar objetivos, mas tem um sofrimento interno com a necessidade de agradar e ser reconhecida.

COMO (RE)CONTRUIR A AUTOESTIMA?

É possível desenvolver uma relação saudável com quem somos. Para isso, alguns passos são necessários. O primeiro deles é o autoconhecimento, reconhecer e compreender todos os aspectos que fizeram ser quem você é e ser mais gentil consigo. Um boa dica é fazer psicoterapia.

O próximo passo é ter expectativas mais realistas, isto é, o que você quer que aconteça de acordo com as suas possibilidades. Colocando no projeto também a parte que cabe à vida e ao outro. É importante compreender que você não controla tudo, que na vida há muitas variáveis e a maior parte delas fora do seu controle, como o desejo, necessidade do outro, o ambiente etc.

O terceiro passo é não buscar a perfeição. A busca pelo perfeito é o hábito mais destrutivo que podemos cultivar. O medo de errar nos leva à procrastinação e à infelicidade. Dedique-se a fazer o melhor que pode, com as condições que você tem agora.

Outro hábito a abandonar é a comparação. A comparação com o outro é sempre injusta e improdutiva. Aprenda a apreciar as suas qualidades. Comemore as suas conquistas. Só você sabe o que foi necessário para fazer aquilo. Reconheça e se parabenize. Poderia ser melhor? Sempre podemos melhorar. Mas melhorar só é possível quando, depois que realizamos, aprendemos com a nossa experiência.

Quando erramos, se errarmos, não significa que a nossa vida acabou, que sou um fracasso. Lembre-se, nunca errou quem nunca se arriscou e agiu! Aprender a reconhecer nossas habilidades e valores e usar a nossa experiência, como mola propulsora de autoconhecimento, é o que nos leva ao próximo nível, onde entendemos que não precisamos acabar com a nossa vida, com nossos sonhos, destruir a nós mesmos para agradar alguém ou se encaixar num perfil.

Todos nós somos responsáveis por atender nossas carências e demandas. Preste atenção em quais são as suas demandas, suas carências e crenças. Aprenda a perguntar-se: como estou hoje. E, se precisar de ajuda, me chame no direct e vamos conversar…

Até a próxima.

Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755

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