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Arno Kunzler

Universidades do futuro

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Como serão as universidades do futuro?

Terão alunos presentes?

Professores em sala de aula ou robôs ensinando através da inteligência artificial?

Terão um quadro para auxiliar professores nas explicações e passar tarefas, como eram ou são ainda até hoje?

Quando alguém nos pergunta sobre o futuro, especialmente sobre trabalho e profissões, é muito provável que nós, adultos, com idade já avançada, teremos mais dúvidas do que certezas para responder.

Se não vejamos: se um jovem adolescente de hoje pergunta para o pai ou avô qual seria uma profissão interessante para escolher.

Logo, esse pai ou avô não terá nenhuma convicção de que aquilo que ele faz ou estudou ainda será um curso interessante no futuro.

Medicina, Direito, Engenharia sofrerão que tipo de influência?

Além das pessoas pesquisarem no Google, que ferramentas mais terão à sua disposição para não precisarem desses profissionais no futuro?

A própria legislação promete criar mecanismos e desburocratizar muitas atividades. Logo, um profissional para funcionar como “despachante” em qualquer atividade terá menos importância.

Esta semana uma discussão foi parar na Justiça.

Entidades educacionais questionam se deve ou não haver faculdades promovendo educação a distância (EaD) para formar professores?

Ora, há muito tempo temos estudantes se formando em universidades públicas e privadas tendo menos tempo de frequência em sala de aula do que prevê o curso e, muitas vezes ou quase sempre, com a conivência do educandário ou pelo menos do professor.

Talvez isso explica um tanto a proliferação das instituições EaDs e, sobretudo, fortalece a discussão sobre formação de professores, que não difere muito de médicos, advogados, engenheiros e administradores de empresas.

É praticamente impossível uma universidade formar um aluno que não esteja trabalhando na área, que possa pegar o diploma de graduação e dar conta das demandas que lhe serão exigidas, seja médico, dentista, advogado, administrador de empresa e, principalmente, professor.

Mas é o que temos.

Afinal, caberá à Justiça decidir se a formação de professores terá que ter aulas presenciais ou não.

O que você acha?

E nesse caso, aulas presenciais somente para professores ou todas as profissões, ainda que muitos alunos não possam frequentar uma universidade presencialmente?

Não deixa de ser uma discussão importante para o futuro da educação e para o modelo de formação de profissionais que desejamos.

Como se vê, somos uma sociedade em profunda transformação.

Seja pela tecnologia, que hoje podemos acessar livremente, seja pelas mudanças de comportamento que isso provoca na sociedade.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

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